quinta-feira, 19 de maio de 2011

O poder das palavras

Hoje publico um poema de Fagundes Varela, encontrado no site POEMBLOG <leaoramos.blogspot.com>, indicado por um amigo mirandopolense. O assunto é a língua humana, ou seja, o poder dela. Uma palavra mal colocada, uma história inventada, não volta atrás. Assim como, um elogio e um agrado são lembrados por recebeu para sempre e sempre... reflita:

Armas

- Qual a mais forte das armas,
a mais firme, a mais certeira?
A lança, a espada, a clavina,
ou a funda aventureira?
A pistola? O bacamarte?
A espingarda, ou a flecha?
O canhão que em praça forte
faz em dez minutos brecha?
- Qual a mais firme das armas? -
O terçado, a fisga, o chuço,
o dardo, a maça, o virote?
A faca, o florete, o laço,
o punhal, ou o chifarote?
A mais tremnda das armas,
pior que a durindana,
atendei, meus bons amigos:
se apelida: - a língua humana.

Fagundes Varela
(1841-1875)

Um comentário:

  1. É um belo poema (e muito verdadeiro, a língua salva ou mata, dependendo de como for usada).

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